No apê alugado, pais investem em projeto modular para acompanhar a família
Fotos: Joana França

Parece até mágica. Nos 11 m² do quarto que os irmãos Sergio e Elis dividem, há lugar para dormir (claro!), estudar, brincar, desfrutar dos livros favoritos, guardar pelúcias e até escalar paredes. As responsáveis pelo feitiço multiplicador de espaços atendem pelos nomes Manuela Rampazzo e Prisca Odermatt, as arquitetas no comando do Estúdio Cacau. As muitas demandas que precisavam caber no quarto da duplinha vinham acompanhadas de outro dilema: vale a pena investir em marcenaria planejada quando o imóvel não é próprio? Ô se vale.
“Criamos um projeto onde tudo é modular e flexível. Os móveis podem mudar de lugar e até acompanhar a família numa casa nova”, conta Manu. Encontrar a fórmula certa demandou esforço coletivo e até os pequenos moradores fizeram sua parte ao ajudar na escolha das cores. Laranja e azul bem clarinho serviram de norte e, aos poucos, os outros tons entraram no ambiente, como amarelo, rosa e verde que chegaram com o papel de parede da Housed.

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“A participação das crianças no projeto também deu uma força extra para que eles se sentissem donos do próprio quarto”, avalia Prisca. “Cada um tem seu nicho de livros, a bancada atende a dupla e, nos dias em que um amiguinho vem para dormir, eles têm lugar para as brincadeiras e para o descanso”, completa. A bicama, repare bem, tem um gavetão na parte inferior que guarda um colchão extra para essas ocasiões.

Sinônimo de aventura, a parede de escala não poderia ser recusada, já que o exemplo da brincadeira literalmente partiu de dentro de casa. Coube ao pai, praticamente do esporte, ensinar as regras para que tudo transcorresse em segurança – nesse apê ou nos próximos.
Lara, parabéns pelo texto e obrigada pelo carinho e cuidado na hora de transcrever. Você tem muita sensibilidade!
Que espaço bonito e interessante!